Ele me perguntou melancolicamente quando eu partiria. Precisava saber para poder se preparar emocionalmente para o momento da despedida. Aquela pergunta partiu meu coração, como posso deixá-lo na mão? Justo ele que sempre esteve ao meu lado. Não sabia o que dizer-lhe, nada seria o suficiente para consolá-lo. Mas quis amenizar a situação dizendo-lhe que não era preciso se preocupar, pois demoraria mais alguns meses para partir.
Antes eu tivesse somente ele para consolar com minha partida. Havia outra pessoa, talvez essa muito mais sentida com a minha eminente ausência. Tão sentida que não tocava nem no assunto e eu tinha que me policiar para não comentar nada sobre a viagem, mesmo estando em plena fase dos preparativos.
Eles não serão os únicos a sofrer. Lembro-me muito bem do que senti quando passei quase um mês longe deles... Preciso tanto deles quanto eles de mim. Nossas relações são de interdependência, suprimos as necessidades do outro, nos completamos.
Entretanto, minha partida é quase inevitável. Então gostaria de fazer dos nossos últimos momentos juntos, os melhores e conseguir demonstrar e provar que independente de quão distante eu esteja eu sempre estarei com eles e eles comigo, dentro do meu coração.
Sei que despedidas são sempre difíceis, mas se a encararmos... É nesse momento que paro para refletir e não consigo pensar em uma forma de tornar esse momento fácil. Logo, entristeço com a idéia de vê-los chorar. Disseram-me: “Preciso me preparar psicologicamente para chorar em público.” E eu preciso me preparar para assistir a essa cena...
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