É difícil falar. É mais prazeroso escrever.
As palavras se sentem livres para voar.
Tornam mais bonito o amanhecer.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ela

    
Lá estava ela, mais uma vez a chorar. Não agüentava mais a vida que estava levando. Enganando a todos e, principalmente, a si mesma. Sim, estava enganada esse tempo todo sobre o que era importante, sobre o que realmente a deixava feliz.
        Os momentos de extrema melancolia tornaram-se constantes desde o momento em que acordara para a realidade em que vivia e sonhara com a realidade que desejava para si. Esses momentos deixavam-na muito frágil, mas ao mesmo tempo a davam um pouco mais de força e determinação para mudar, pena que ainda não foram o suficiente.
        A pressão sobre ela ainda é maior do que qualquer disposição sua a mudança. É claro que quanto mais tempo se passa, maior é a inquietação em seu coração, e, talvez, só o tempo seja capaz de extravasar esse sentimento.
        Enquanto isso não acontece, eu a observo e espero o melhor momento para consolá-la. Não forço a barra porque sei o quanto é difícil para ela. A quero inteira para mim, mas enquanto esse dia não chega, eu me contento em reconfortá-la em meus braços todas as vezes que nos encontramos as escondidas

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